A Doença Articular Degenerativa ainda é considerada subdiagnosticada nos felinos, mas impacta ativamente no comportamento e bem-estar dos bichanos
As doenças articulares são comuns à todas as espécies animais, incluindo a espécie felina. Nos casos de Doença Articular Degenerativa (DAD), também conhecida como Osteoartrose, a cartilagem articular sofre desgaste progressivo, que causa uma dor crônica e pode ser debilitante para alguns animais.
“Os gatos são conhecidos por serem muito discretos quando estão com dor e quase nunca demonstrarem sintomas. Normalmente eles acabam modificando seu comportamento, mas raramente mancam, como acontece com os cães quando apresentam dores nas articulações. Este é um dos pontos que fazem a Doença Articular Degenerativa nos felinos ser subdiagnosticada”, elabora Tais Motta Fernandes, médica-veterinária gerente de produtos pet da Avert Saúde Animal.
De acordo com estudos, cerca de 82% dos felinos com mais de 14 anos terão osteoartrose, e cerca de 61% dos gatos com mais de 6 anos já apresentam o desgaste articular em ao menos uma articulação e 48% em duas articulações ou mais. As articulações mais acometidas estão na porção final da coluna, nos cotovelos, nos joelhos, quadril, ombros e calcanhares. Ainda assim, o índice de diagnóstico da doença é muito menor do que os números citados.
“O processo degenerativo da articulação é dolorido, mas os felinos evitam demonstrar dor porque, na natureza, são predadores solitários e precisam demonstrar força e robustez como uma forma de proteção contra possíveis ameaças. Este instinto protetor faz com que eles ocultem os sinais de dor e desconforto de seus tutores e, quase sempre, o diagnóstico de osteoartrose acontece como um achado radiográfico quando se pesquisava outro problema de saúde do animal”, Tais explica.
A osteoartrose pode ocorrer em decorrência de doenças infecciosas e imunomediadas ou por enfermidades que alteram a biomecânica das articulações, como traumas, doenças ortopédicas do desenvolvimento, luxação de patela, entre outras. A obesidade e o envelhecimento também são fatores que podem promover o desenvolvimento de DAD e estima-se que, a partir dos 10 anos de idade, a cada ano adicionado à idade do felino a probabilidade de desenvolvimento de doenças degenerativas articulares aumenta em cerca de 13,6%.
Como saber se o gato tem DAD?
“Mudanças de comportamento nos gatos são um sinal de alerta para dor. Quando o animal se torna menos ativo e brincalhão e passa a apresentar dificuldades ou hesitação em subir ou descer de superfícies que antes eram alvos fáceis, diminuição na frequência de pulos, aparenta estar com o corpo mais rígido ou caminha com lentidão, ele pode estar sentindo dor articular e isso deve ser investigado por um médico-veterinário”, explica a profissional.
Redução na ingestão de água e/ou alimentos também é um sinal de que algo não está bem com o pet, assim como a redução dos hábitos de arranhadura (observado pelo crescimento e espessamento exagerado das unhas), e a diminuição da lambedura e higiene própria. Por este motivo, conhecer bem o animal e seus hábitos é uma tarefa essencial para os tutores.
Em casos cuja suspeita é doença articular, o médico-veterinário pode pedir alguns exames radiográficos para fechar o diagnóstico e fornecer o melhor tratamento para o animal.
Existe tratamento?
“A Doença Articular Degenerativa é uma doença de caráter progressivo e irreversível, tendo apenas o tratamento de suporte para reduzir o processo inflamatório e dor, a fim de promover uma melhor qualidade de vida para o paciente. O manejo nutricional, incluindo o uso de suplementos condroprotetores, e o manejo ambiental para facilitar a mobilidade dos animais acometidos também são essenciais para a qualidade de vida do pet”, conta a médica-veterinária.
Os condroprotetores mais conhecidos e estudados até hoje são a condroitina, componente da cartilagem que promove a retenção de água e a elasticidade, e a glicosamina, que promove a formação e o reparo da cartilagem lesionada. O Colágeno não hidrolisado tipo II é a principal proteína estrutural do tecido cartilaginoso, cuja função é promover conforto, mobilidade e flexibilidade para as articulações, e pode ser recomendado como um suplemento condroprotetor por atuar na redução da inflamação e melhora na saúde das articulações.
O ômega-3 pode ser um suplemento auxiliar para a saúde das articulações, juntamente com os condroprotetores, considerando as suas propriedades anti-inflamatórias e que também auxiliam na melhora da mobilidade e flexibilidade articular.
Comprometida com o bem-estar animal e atenta às particularidades dos bichanos, a Avert Saúde Animal tem a linha de suplementos articulares mais completa do mercado veterinário. Em seu portfólio traz novas apresentações em pasta, eliminando o estresse no momento de suplementar os felinos, podendo ser aplicado diretamente na boca ou no dorso das patas dianteiras do pet, estimulando a lambedura da região até que ele se sinta limpo.
“Com uma administração mais prática e segura, as formulações em pasta garantem que a dose adequada de suplemento está sendo ingerida pelo pet, sem desperdício, sem estresse, proporcionando um melhor tratamento, bem-estar e qualidade nas articulações dos bichanos”, Taís finaliza.
Sobre a Avert Saúde Animal
Avert Saúde Animal é uma divisão da inovadora farmacêutica Biolab e atua no mercado veterinário desde 2013 com o compromisso de colaborar com o acesso às melhores práticas farmacêuticas, para o desenvolvimento contínuo da medicina veterinária brasileira. Possui em sua linha: medicamentos, nutracêuticos e dermocosméticos para cães e gatos e o investimento em tecnologias de produção e busca pela inovação para a saúde e bem-estar animal é constante. Acesse: www.avertsaudeanimal.com.br
Referências:
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