Real World Assets é diferente da criptomoeda
Os Real World Assets são seguros e já representam uma nova forma de transação financeira. Isso porque, os RWAs são ativos do mundo real que foram tokenizados, ou seja, convertido para o digital.
E estamos falando de imóveis, obras de arte, bens agrícolas, direitos autorais, royalties, patentes, dentre outros.
Para ter segurança e transparência, toda negociação realizada no ambiente digital utiliza a tecnologia blockchain.
A gama de RWAs é tão diversificada que já é possível, atualmente, tokenizar os recebíveis de empresas.
Dentre as vantagens de trabalhar com Real World Asset está a de redução de custos e de burocracia, além de rapidez.
Quando se adota a prática, elimina-se os intermediários, como corretoras e bolsas. Todo o processo é transparente e traz economia, já que os custos são menores e o caminho para a emissão e negociação de ativos é menor.
“É uma alternativa de investir em ativos do mundo real no ambiente digital de forma eficiente. Compra e venda de imóveis já são possíveis também. São transações rápidas e seguras. Blockchains estão sendo muito utilizadas no setor imobiliário”, conta o CEO da Futokens, Matheus Medeiros.
“Nesse caso, a blockchain funciona quase como um cartório. É possível verificar se há pendências fiscais, se há licenças em aberto e se o imóvel está todo regularizado. Todo o processo é mais barato, desburocratizado e mais seguro também. A partir do momento que um documento está na blockchain, não tem como ele ser grilado, por exemplo”.
Também podemos destacar que os ativos tokenizados podem ser utilizados como depósito de garantia no mercado financeiro tradicional, trazendo mais flexibilidade para instituições e investidores.
E com negociações seguras e transparentes que reduzem os riscos de fraudes, além das diversas possibilidades, tokenizar ativos tem sido bem atrativo para os mais diversos públicos, inclusive para aqueles que ainda não têm conta em banco, pois podem usar a RWAs com aplicativo de carteira digital.
E como os ativos podem ser divididos em frações menores, o acesso ao público fica maior, ou seja, um investidor com poder menos de capital pode participar de um mercado que antes era direcionado a grandes investidores, o que faz também com que haja mais liquidez, visto que as negociações são mais rápidas e o fluxo de capital fica mais eficiente.
A compra de frações de imóveis comerciais, por exemplo, pode fazer com que mais pessoas se tornem investidores em um negócio. Pode ser o caso de escritórios e até shopping.
“Ser um cotista ao comprar as frações de um imóvel não dá direito à propriedade do imóvel. Há sim o direito por remunerações, como participação na renda de aluguel ou descontos na locação, dentre outros. É preciso ficar atento na hora da compra.” completa Medeiros.
E os Real World Assets diferem-se das criptomoedas por conta de sua natureza e lastro. Seu valor está diretamente ligado ao ativo físico que ela representa, já as criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum, seu valor se dá pelo interesse e suas respectivas situações.
Falando de um imóvel, por exemplo, sua tokenização está ligada à propriedade do mundo real, com valor definido. Já as criptos têm seu valor atrelado à demanda, podendo variar.
Mas antes de realizar a tokenização dos ativos, é preciso saber como funciona o seu processo.
“Entender as leis e se o ativo está dentro da conformidade é fundamental. Depois, o interessado deverá escolher a melhor plataforma para fazer o processo”, completa Matheus Medeiros.
O próximo passo é fazer o registro de propriedade para garantir a segurança jurídica. Depois ocorre a emissão dos tokens que serão oferecidos ao mercado e iniciam-se as negociações.
“Existem empresas especializadas, e isso, na verdade, é mais uma vantagem. Porque, ao invés de fazer tudo sozinho, em um cartório e pagando honorários, você faz isso com especialistas”, finaliza.
Dentre as empresas que oferecem o serviço estão a IUSTO, Polymath e Propy.
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