Repercussão ocorrida no BBB 24 traz à tona a necessidade de informações sobre o capacitismo.
No episódio de estreia do BBB 24, uma situação controversa relacionada ao capacitismo foi evidenciada durante a prova do líder, que ocorreu logo após o início do programa.
Durante o desafio, Maycon, um dos participantes, fez comentários depreciativos relacionados à deficiência de Vinicius, um atleta paralímpico. Maycon questionou se poderia atribuir um apelido pejorativo à prótese do velocista. Este comportamento gerou críticas nas redes sociais, onde os internautas, sabiamente, expressaram desaprovação e acusaram Maycon de agir de maneira capacitista.
Saiba o que é capacitismo?
O capacitismo é uma forma de preconceito ou discriminação que se baseia na ideia de que as pessoas com deficiência são inferiores às pessoas sem deficiência. Isso envolve a crença de que as pessoas com deficiência são menos capazes, menos inteligentes ou menos dignas de respeito e consideração. Segundo o IBGE, no Brasil, mais de 17 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência, enfrentando desafios relacionados à falta de acesso e inclusão em direitos básicos, saúde, educação e trabalho.
Manifestações de capacitismo:
O capacitismo pode se manifestar de várias maneiras, tanto de forma explícita quanto de forma mais sutil, e pode ter um impacto significativo nas vidas das pessoas com deficiência. Alguns exemplos incluem:
Estereótipos negativos: criar estereótipos prejudiciais sobre pessoas com deficiência, como a ideia de que todos são dependentes, tristes ou incapazes de realizar tarefas comuns.
Tratamento desigual: tratar as pessoas com deficiência de maneira diferente ou injusta, negando-lhes oportunidades iguais ou acesso a recursos e serviços.
Ignorância e falta de acessibilidade: quando as necessidades das pessoas com deficiência não são levadas em consideração em ambientes, produtos ou serviços, reflete uma forma de capacitismo, excluindo-as de participação plena na sociedade.
Piedade excessiva: tratar pessoas com deficiência com excesso de piedade, em vez de reconhecê-las como indivíduos com suas próprias capacidades, desejos e ambições.
Ridicularização e bullying: o capacitismo pode se manifestar por meio de zombarias, piadas cruéis ou bullying direcionado a pessoas com deficiência.
Falta de representatividade: a ausência de representatividade de pessoas com deficiência na mídia, cultura popular e posições de liderança também perpetua o capacitismo, sugerindo que elas não têm um papel importante na sociedade.
Combatendo o Capacitismo:
É necessário reconhecer e combater o capacitismo, assim como qualquer outra forma de preconceito, para promover a igualdade e a inclusão. Isso envolve educar-se sobre as experiências das pessoas com deficiência, ouvir suas histórias e necessidades, e trabalhar para criar sociedades mais inclusivas, acessíveis e justas para todos, independentemente de sua condição física ou cognitiva.
E então, vamos juntos combater o capacitismo e construir um mundo mais inclusivo?
Por: Cínthia Souto
Mercadóloga, Especialista em ESG e Sustentabilidade pela FIA, Especialista em Comunicação Corporativa, Comunicação ESG, Mídia e Assessoria de Imprensa. Aprendendo a desaprender, vive e trabalha com propósito para colaborar em prol de um planeta mais justo e sustentável.
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