Um dos mais instigantes e relevantes projetos de inclusão do País, o "Festival de Cinema Acessível Kids - a serviço da inclusão educacional", estará em mais cinco cidades até o final do ano, a começar por Brasília, dias 12 e 13 de setembro. O projeto de arte, educação e lazer, voltado principalmente para crianças cegas ou com baixa visão, surdas ou com deficiência auditiva ou com deficiência intelectual ou cognitiva, tem a chancela da Unesco e foi selecionado pelo "Criança Esperança". No dia 12, das 9h às 17h, acontece a oficina "Educadores Mais Inclusivos". No dia 13, às 10h, será exibido o filme "Meu Malvado Favorito", no Cine Brasília, com entrada franca. Será a segunda vez que o projeto visitará a capital federal.
O “Festival de Cinema Acessível Kids - a serviço da inclusão educacional”, projeto de arte, educação e lazer, voltado principalmente para crianças cegas ou com baixa visão, surdas ou com deficiência auditiva ou com deficiência intelectual ou cognitiva, anunciou sua programação para o segundo semestre de 2023. O projeto, que tem a chancela da Unesco e foi selecionado para a 37ª edição do "Criança Esperança", estará em Brasília e em pelo menos mais quatro cidades do País até o final do ano. Na capital federal, a programação acontece dias 12 e 13 setembro. O projeto aproxima as crianças da sétima arte e mostra como educação, cultura, tecnologia e solidariedade podem ser agentes de transformação e inclusão social das crianças com deficiência visual, deficiência auditiva e com deficiência intelectual ou cognitiva. Este ano, além das sessões de cinema com as tecnologias de acessibilidade (audiodescrição, LIBRAS e Legendas descritivas) e as oficinas para Educadores Inclusivos, o projeto passou a ter uma Rede Virtual de compartilhamento de boas práticas Inclusivas. Recentemente, dia 7 de agosto, o “Criança Esperança” anunciou que a OSC Mais Criança, com seu projeto “Festival de Cinema Acessível Kids”, foi selecionada para participar da sua 38ª. edição, em 2024.
O "Festival de Cinema Acessível Kids” estará no Recife, de 8 a 11 de outubro; Florianópolis, de 23 a 27 de outubro; e Rio de Janeiro e Niterói, de 5 a 11 de novembro. (Os locais e horários em cada cidade ainda estão sendo definidos.) Em 12 de abril de 2023, o projeto esteve em São Paulo, na sala Kinoplex Itaim Bibi, com a exibição do filme “Meu Malvado Favorito”. Antes da sessão, foram distribuídos kits com pipoca e refrigerante gratuito para 355 crianças com e sem deficiência das escolas da rede pública, inscritas para o evento.
Em Brasília a programação começa dia 12 de setembro, com a oficina “Educadores Mais Inclusivos”, das 9h às 17h, com cerimônia de abertura às 9h. Entre os assuntos abordados, estão o “Viés Inconsciente”, “Diversidade, Equidade e Inclusão” e “Grupos Diversos”. O evento acontece no Auditório Senador Antônio Carlos Magalhães, no edifício Senador Ronaldo Cunha Lima, na Via N2 – Bloco 2. No dia 13, às 10h, será exibido o filme “Meu Malvado Favorito”, no Cine Brasília, na EQS 106/107 – Asa Sul, com entrada franca. Para o público esclarecer dúvidas sobre a sessão, o número do WhatsApp da Mais Criança é 51-995945558. (Para jornalistas falarem com a assessoria de imprensa, o número do WhatsApp, da Gontof Comunicação, é 11-99109-0688.)
O Festival de Cinema Acessível Kids esteve em Brasília há um ano, nos dias 28 e 29 de setembro. Assistiram à exibição de “Malévola” cerca de 200 crianças, a maioria de escolas da região. Participaram da oficina “Educação mais Inclusiva” 27 educadores.
O projeto nasceu há oito anos no Rio Grande do Sul, como Festival de Cinema Acessível, idealizado pelo empreendedor e musicista Sidnei Schames, o Sid, presidente da OSC Mais Criança (a proponente do projeto) e diretor da empresa Som da Luz. Logo na estreia, em 2015, seu filho, David, então com oito anos, não pode entrar no cinema, por não ter a idade necessária. Acabrunhado, exclamou: “meu pai criou um Festival Acessível para os outros; mas não é acessível para mim!” Logo depois, transformou a indignação em projeto: “Pai, que tal a gente criar também um festival para as crianças? Já tenho até nome e slogan: ‘Festival de Cinema Acessível Kids, leve seu pai ao cinema’”!
Esse é o projeto que em 2016 recebeu a chancela da Unesco, em 2017 estreou nos cinemas, em 2021 foi selecionado a 36ª edição do Programa "Criança Esperança" e no ano passado saiu pela primeira vez dos limites da região Sul e percorreu outros estados, encorpado pela capacitação de professores de escolas da rede pública e privadas a serviço da inclusão educacional.
Até hoje, em suas versões adulto e infantil, o Festival de Cinema Acessível foi assistido por cerca de 20.500 pessoas, em 37 cidades (São Paulo, Natal e Brasília, além de 32 no Rio Grande do Sul e duas em Santa Catarina - Lages e Chapecó), com um total de 110 exibições.
O “Festival de Cinema Acessível Kids - a serviço da inclusão educacional”, Edição 2023, que tem a produção do Som da Luz, conta com o apoio nacional da Salesforce, Total Seguros, Bem Promotora, BRDE, Outback, Abbraccio, Camale, Gontof Comunicação, Sopa Digital, Dextera, Studio.Z, Mundo Melhor e Senado Federal.
O Festival de Cinema Acessível Kids traz como diferencial a adaptação de obras cinematográficas infanto-juvenis, mas que fazem sucesso com a família toda. Oferece conteúdo acessível de qualidade para uma parcela da população privada do direito de ter acesso à magia do cinema. As ações de inclusão cultural para o público das pessoas com deficiência são raras e, quando existem, invariavelmente assistencialistas.
De acordo com Schames, os filmes têm audiodescrição das cenas para quem não enxerga, janela de libras para quem não ouve e legendas descritivas para quem não sabe Libras. “Para chegar às telas de cinema com toda a acessibilidade necessária, tudo é gravado em estúdio. É preciso de tecnologia e muita sensibilidade”, diz. E acrescenta: “Todos somos diferentes, mas podemos compartilhar uma mesma sala de cinema. Nas sessões tem o pai com deficiência visual, com o filho que enxerga; a filha com deficiência auditiva com a mãe que escuta, crianças com deficiência intelectual ou cognitiva e todos estão juntos se divertindo dentro do cinema”. David, hoje com 16 anos, diz: “criamos o Festival para todo mundo ser igual. Não igual no sentido de ter as mesmas características, mas os mesmos direitos e possibilidades. É um momento de inclusão estar todo mundo, pessoas com e sem deficiência, assistindo ao filme”.
Quando David e Sid contam sobre pessoas sem deficiência, se referem também a quem vai às exibições como um exercício de aprendizado e empatia. “Fizemos sessões em escolas, onde as crianças assistem aos filmes de olhos fechados ou com venda nos olhos, para sentir como é um mundo sem imagens. Assim, esses alunos tentam se colocar na posição do Outro e aprendem a entender e respeitar as diferenças”, reflete Sid.
Sid destaca as oficinas para educadores iniciadas no ano passado. “Temos conseguido contribuir com os educadores para fazer o acolhimento de forma adequada. Assim, cumprimos uma função muito importante, já que aumentamos – e precisamos ampliar ainda mais - a velocidade dessa mudança na sociedade. Se mostrarmos que a inclusão é perfeitamente possível, ela se torna natural. Estamos fazendo parte de uma história importante, do caminho da acessibilidade, do tudo para todas as pessoas”, diz Schames, que espera atrair ainda mais cidades e apoiadores para 2024, à medida que o projeto se tornar mais conhecido e o país esteja mais estabilizado após a pandemia do Covid-19. “O anúncio de que participaremos do ‘Criança Esperança’ pelo terceiro ano consecutivo, feito no último dia 7, é um importante e emocionante reconhecimento do nosso trabalho. É também mais uma comprovação de que estamos no caminho certo na construção de uma sociedade melhor e igualitária”, diz Sid Schames.
Rede Virtual
Sobre a Rede Virtual de compartilhamento de boas práticas inclusivas, Sid Schames conta que a novidade incluiu a criação de um Portal que abriga o site da OSC Mais Criança e “outras instituições que também trabalham com a Diversidade, Inclusão Social e Cultural, Acessibilidade e outras questões que combatam as desigualdades e a discriminação”. E acrescenta: “o portal, que será lançado em agosto, tem uma sala de trocas de boas práticas sociais dos participantes dos nossos eventos, já que essas experiências e conhecimentos devem ser compartilhados”.
Sobre o Festival de Cinema Acessível Kids
O Festival de Cinema Acessível Kids é um projeto inovador, de inclusão social de crianças e adolescentes com deficiência, nas áreas de educação, cultura e lazer, que se apoia em duas grandes ações: capacitação de professores para a inclusão social e o Festival de Cinema Acessível Kids (com acesso universal). O Festival, que tem entrada franca, possui três tecnologias assistivas. Proporciona o convívio de pessoas com e sem deficiência nas salas de projeção e permite iguais oportunidades de entendimento, diversão e emoção, além do uso de outros recursos como vendas para os olhos. A ideia do uso de máscaras é propor um exercício de colocar-se no lugar do outro, com vistas à inclusão.
Nascido no Rio Grande do Sul, em 2015, como Festival de Cinema Acessível e, a partir de 2017, também com a versão Kids, em 2022 foi expandido, através do projeto proposto pela OSC Mais Criança. Igualmente importante foi a presença de familiares, crianças, adolescentes e jovens não PCDs, para que pudessem vivenciar a mesma realidade e favorecer o exercício da empatia e a oportunidade de repartir momentos de lazer e cultura.
As obras do Festival contam com os recursos de audiodescrição, legendas descritivas e Língua Brasileira de Sinais. A audiodescrição permite ao público com deficiência visual (pessoas cegas ou com baixa visão) ter acesso aos filmes através da descrição dos elementos visuais da obra. Pesquisas demonstram que esse recurso beneficia, ainda, espectadores com autismo, Síndrome de Down, deficiência intelectual e déficit de atenção.
As legendas e a janela de Libras trazem acessibilidade ao público com deficiência auditiva. Além dos filmes acessíveis, o Festival promove uma recepção acolhedora do público, para que todos se sintam bem e possam aprender uns com os outros a partir das sessões de cinema. “Tivemos casos de pessoas que fizeram curso de Libras para poder se comunicar com pessoas surdas a partir da experiência que tiveram nas edições anteriores". conta Sid Schames.
O Festival Kids é muito mais do que a exibição de filmes acessíveis. Trata-se de uma oportunidade de troca e aprendizado”, afirma Schames.
No Criança Esperança, assim como no ano passado, está previsto, no âmbito educacional do projeto, a formação de educadores inclusivos. O projeto tem como foco desencadear um processo de inclusão educacional e social das crianças, adolescentes e jovens com e sem deficiência; e outros grupos minorizados. Para valorizar a educação e lutar contra a evasão escolar, o projeto busca atuar de forma mobilizadora e fortalecer os vínculos de alunos e professores, através de atividades lúdicas que despertem o interessante de crianças e jovens no convívio entre os diferentes.
Já em 2022, o Festival de Cinema Acessível Kids a serviço da educação passou a ser alicerçado em duas grandes ações: a capacitação de professores das escolas públicas em inclusão social, em oficinas de seis horas, para grupos de até 25 professores; e a exibição de filmes acessíveis com um debate após a sessão. “O investimento na formação das crianças garante uma sociedade melhor no futuro. Ações como esta do Festival possibilitam que as crianças e jovens já cresçam em um contexto que acolhe e respeita as particularidades de cada indivíduo. Estar em um ambiente com pessoas com deficiência e pessoas sem deficiência, com todos assistindo a um filme de forma independente, provoca de maneira efetiva o pensar no que realmente podemos e sobre o que precisamos para exercer o nosso direito à cidadania. O acesso à cultura é fundamental. É notável a diferença na formação do adulto se já na infância houver a convivência e a troca entre crianças com e sem deficiência”, diz o presidente da Mais Criança e diretor da Som da Luz, responsáveis pelo Festival.
Lei de Inclusão
Em dezembro de 2015, a Lei Brasileira da Inclusão surgiu para reforçar o direito das pessoas com deficiência quando, em seu primeiro artigo, diz que “é instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando a sua inclusão social e cidadania.”
A participação das pessoas com deficiência é um direito inquestionável, porém ainda não é concreto e pleno. “As leis existem, mas na prática não são cumpridas. Por isso entendemos que projetos como esse, que promovem a acessibilidade e inclusão de todos, ainda são fundamentais. O Festival de Cinema Acessível Kids oferece conteúdo acessível de qualidade para uma parcela da população que é privada do direito de ter acesso à magia do cinema. As ações de inclusão cultural para o público das pessoas com deficiência são raras e, quando existem, invariavelmente assistencialistas”, diz Schames.
O Festival de Cinema Acessível Kids, assim como o Festival de Cinema Acessível, segue os direcionamentos presentes nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pela ONU. Contribui diretamente para a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, promove a oportunidade de aprendizagem, crescimento inclusivo e sustentável da sociedade e oportuniza trabalho digno para todos (pessoas com e sem deficiência). “Estamos alinhados com os objetivos do desenvolvimento sustentável - ODS 4, ODS 8 e ODS 10 – e participamos diretamente da agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável”, conta o presidente da Mais Criança.
Títulos do acervo da Som da Luz na edição Kids
Avatar 1, Harry Poter 1 e Aladdin, Malévola; Meu Malvado Favorito; Universidade Monstro; Frozen Uma Aventura Congelante e Divertida Mente.
Sobre a OSC Mais Criança
A OSC atua na defesa e promoção dos direitos humanos para a inclusão social, desenvolvendo e adotando tecnologias e abordagens inovadoras com a acessibilidade universal. Tem como referência os ODSs, em especial aqueles voltados para o desenvolvimento socioambiental, a educação, a cultura e a saúde, em busca de uma sociedade democrática equitativa e com acesso e participação de todos e de todas
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