Terapias alvo, imunoterapias e radioterapia têm mostrado resultados promissores e com menos efeitos colaterais. No mês da Conscientização do Câncer Ósseo, ortopedista do Hospital Santa Catarina - Paulista explica sobre os tipos e os possíveis tratamentos
O câncer ósseo, embora relativamente raro, apresenta desafios significativos tanto para pacientes quanto para a comunidade médica. Compreender suas variações, fatores de risco, sintomas e avanços no tratamento é crucial para o manejo eficaz desta doença complexa.
Existem diversos tipos de câncer ósseo, cada um com características e comportamentos distintos. As metástases ósseas são os tipos mais comuns, frequentemente originárias de cânceres primários de órgãos como próstata, mama, pulmão, rim, tireóide e intestino. Esses tumores tendem a afetar indivíduos acima dos 40 anos, comprometendo os ossos do crânio, costelas, coluna, bacia, úmero e fêmur.
Entre os cânceres ósseos primários, destacam-se:
Osteossarcoma: Geralmente afeta as metáfises dos ossos longos, como fêmur, tíbia e úmero.
Comum em ossos longos dos membros superiores e inferiores e da pelve.
Sarcoma de Ewing: Frequente nas diáfises do fêmur, úmero, tíbia, fíbula, pelve e ossos do tórax.
Mieloma Múltiplo: Afeta principalmente vértebras, costelas, crânio e ossos chatos das cinturas pélvica e escapular.
“Embora as causas exatas do câncer ósseo não sejam completamente compreendidas, alguns fatores de risco estão bem estabelecidos. Mutações genéticas esporádicas e síndromes hereditárias, como retinoblastoma e síndrome de Li-Fraumeni, aumentam significativamente o risco. O envelhecimento também é um fator contribuinte, especialmente em tumores secundários”, explica o Dr. Fabio Eloi, ortopedista especialista em câncer ósseo no Hospital Santa Catarina - Paulista.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas do câncer ósseo podem incluir dor intensa, inchaço ao redor do osso afetado, fraturas frequentes, vermelhidão, perda de peso inexplicável e sudorese noturna. O diagnóstico é realizado através de uma combinação de exame clínico, exames de imagem (radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea) e biópsia, que ajuda a determinar a natureza do tumor.
Os cânceres ósseos secundários são mais comuns em adultos acima dos 50 anos, enquanto os primários tendem a afetar adolescentes e jovens adultos. Certos tipos, como o condrossarcoma, são mais frequentes em indivíduos com mais de 30 anos.
Tratamento mais precisos
“O tratamento do câncer ósseo varia conforme o tipo e estágio da doença, além do estado geral de saúde do paciente. As opções incluem cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Recentemente, terapias alvo e imunoterapias têm mostrado resultados promissores, oferecendo tratamentos mais personalizados e com menos efeitos colaterais. Técnicas como radioablação e crioablação também estão se destacando como opções minimamente invasivas e eficazes”, acrescenta Dr. Fábio Eloi.
Os avanços tecnológicos têm permitido maior precisão nos tratamentos. A radioterapia, por exemplo, tem se beneficiado de melhorias que permitem maior precisão no direcionamento do tumor, preservando tecidos saudáveis. Implantes protéticos modernos e expansíveis oferecem melhores resultados para pacientes, especialmente os mais jovens.
Apesar dos desafios, o campo do tratamento do câncer ósseo tem avançado significativamente, trazendo novas esperanças para pacientes. A contínua pesquisa e inovação são essenciais para melhorar os resultados e a qualidade de vida dos afetados por esta doença.
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